A postagem de hoje foi escrita por Edineudo Sousa Ferreira, um antigo leitor do blog que agora está escrevendo excelentes artigos!
Desfrutem!
Quem nunca teve o coração partido? Quem nunca teve em algum nível a trágica experiência de vivenciar a destruição de sua felicidade, de ver o mundo desabando sob seus pés, ou de sentir arrancado de você toda a sua paz de espírito mediante um rompimento de uma relação amorosa?
Desfrutem!
Quem nunca teve o coração partido? Quem nunca teve em algum nível a trágica experiência de vivenciar a destruição de sua felicidade, de ver o mundo desabando sob seus pés, ou de sentir arrancado de você toda a sua paz de espírito mediante um rompimento de uma relação amorosa?
As pessoas podem
vir a viver, sob essa condição de luto, uma sensação de tristeza e agonia onde
passam a achar que nada mais importa, que nada parece ser como era antes.
Atividades que antes eram agradáveis parecem não ter mais o mesmo sabor,
hábitos cotidianos parecem não fazer mais tanto sentido, e passam a sentir que
não encontrarão outro alguém, passam a se sentir desprezíveis e amargurados,
estas chegam a até mesmo a repudiar o que se chama de amor, evitando com todas as
forças a possibilidade de se envolver outra vez, e, quando se relacionam,
muitas vezes se percebem não se entregando de cabeça a relação, não se
entregam por inteiro com medo de voltar a sofrer, e correr o risco de
voltar a vivenciar algo parecido.
Mas por que sentimos
essa sensação de dor sem fim? E por que temos a perspectiva de que essa dor não
irá nunca cessar? E por que algumas pessoas passam a desenvolver uma aversão à
ideia de se envolver novamente, de se entregar em uma relação ou mesmo se
permitir viver novos relacionamentos amorosos??
Bem, acontece que relacionamentos que nos aliciem essas
fortes emoções com seu término, geralmente, entre todas as inúmeras variáveis
que entram em operação, têm algumas que eu gostaria de salientar, e entre elas
está o fato desses relacionamentos poderem se enquadrar em um esquema de reforçamento contínuo
(esquema aonde todo resposta emitida é reforçada ) ou seja,
não houve pausas, espaços e/ou afastamentos durante seu intercurso
amoroso, que no caso, significaria que não houve momentos onde se emitiu
comportamentos como o
comportamento de procurar o outro e de tê-lo próximo a si que não tenha sido devidamente
reforçado. Assim sendo, essas classes de comportamentos como o comportamento de buscar sua
atenção e afeição, é reforçado de forma contínua). E esse tipo de
esquema possui entre suas características, um efeito interessante quando
ocorre a quebra da relação contingencial (quando se inicia a extinção,
onde o comportamento passa a não mais ser reforçado ) que seria a vivencia
de intensas emoções ao se presenciar o fim da relação, se experiência emoções
mais fortes do que se vivenciasse um relacionamento do estilo ''ioiô'' que
vai e volta. As pessoas são tomadas por essas intensas emoções, que por sua
vez, cria-se condições que estabelecem o aumento de tendências comportamentais
especificas como o de comportamentos de ''perceber estímulos que lembrem
o dano desse rompimento" e o "pensar nas consequências desse
rompimento em nossa vida " tem sua frequência aumentada e são amplificados
pelo o efeito estabelecedor condicionado por essas emoções. Passamos a ver
apenas o fim, pois, no momento, essa situação tem controle quase que absoluto
sobre nossos comportamentos, como o '' perceber ". Nessas
condições, as emoções tem forte influencia sobre o que discriminaremos e
pensaremos. Agimos sob o controle dessa situação aversiva e,
consequentemente, não vemos nada além desse sofrimento.
Outra característica comum após rompimentos traumáticos é a
postura de evitar se envolver novamente, é o medo de amar. Relacionamentos
passam a se tornar sinônimos de sofrimento, a pessoa desenvolve mecanismos de
esquiva, se utilizando de algo conhecido como reforçamento
de comportamento incompatível, que
poderia ser descrito como o aumento da frequência de qualquer comportamento que
impedisse a emissão de outro comportamento que resultasse em punição, nesse
caso seria o “comportamento de se envolver". Na prática, poderia ser
aquela pessoa que evitaria relacionamentos amorosos, ou aquela menina que
chegaria a se envolver, mas que trataria de terminar o namoro logo quando
percebesse que está “muito apegada”, ou
aquele cara galinha que tenta obter todas as mulheres na tentativa de não se
apegar intensamente a nenhuma.
Enfim, são varias formas de evitar se apaixonar, e
estas em si mesmas não nos dizem muita coisa, por outro lado, se passarmos a
observar as situações as quais ocorrem, e passássemos a nos atentar ao que a
pessoa ganha, ou evita ao fazer aquilo, chegaríamos as verdadeiras raízes desses
comportamentos!